quarta-feira, 29 de abril de 2009

Quando seca a poesia o que resta é perversão - a melhor possível.

Eu tenho vontade de invadir seu apartamento, apontar uma arma para sua cabeça e lhe obrigar a me chupar. Fazer-lhe refém sexual até o dia em que privar-lhe de liberdade ou de escolha já não seja mais capaz de me dar prazer. Far-lhe-ia sangrar a cada dia, comeria o seu rabo, e te obrigaria a me comer bem comida simulando bem o amor. Eu só não seria capaz de lhe matar, não porque me sobre alguma moral ou porque ainda exista coração; só não me faria assassina porque se lhe mato morre também a palavra, e eu posso ser tudo, mas, toda a perversão que existe em mim ainda não me permite ser suicida.

domingo, 26 de abril de 2009

Quando seca a poesia o que resta é perversão - a pior possível.

Minha parede tem marcas de baratas mortas, matadas por mim.
Farelos de tudo povoam a minha cama e nutrem as baratas vítimas do meu ciclo cínico e cruel.
O estalo do chinelo na parede e o som inconfundível do inseto esmagado ativam os sensores do meu corpo e me inundam de vida.
Nesse instante a minha buceta exala vida e morte pelo quarto.
Eu não tenho pena da barata. E não me sinto culpada por nada, muito menos pela sua existência ou sua aparição.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

By the way...i love you

Quantas flores tenho que mandar
Para fazer a primavera chegar
No seu peito?

E quantas vezes tenho que dizer
Que o que dizem ser melhor pra você
Quase nunca ou quase nada é o melhor
Pra si mesmo

Talvez minha poesia adolescente
Pura, sincera, algo inconveniente
Não tenha sido suficiente
Pra convencer

Talvez só mesmo o amor bandido
Puro sexo, pura libido
Tenha prazer ao trepar
Com cinismo e conveniência

Puta
Santa
Toda mulher é o que quer
Toda mulher é mais que mulher

Eu acendo a vela
Eu rezo pra ela
Mesmo que me esqueça
Mesmo que nao mereça
Mesmo que entorpeça

By the way, by the way, by the way, by the way...i love you



(música feita agora, com todos os erros e a paixao que o frescor oferece)